sexta-feira, 28 de maio de 2010

"Escola da Vida": uma história de exemplo para os educadores

Saudações a todos! Antes de mais nadas, sinceras desculpas por tanto tempo sem uma postagem sequer. Mas volto hoje para comentar, talvez, um dos meus filmes prediletos. Assisti três vezes em DVD e uma na Sessão da Tarde, da Rede Globo (que, finalmente, transmitiu um filme bom...), e confesso que nunca me canso de vê-lo uma vez mais.



Sempre sonhei em ser professor. Mais que isso, sempre sonhei em ser educador, senti vocação. Mas nada se comparou à imensa inspiração para entrar na sala de aula após assistir a Escola da Vida, um grande exemplo para educadores de todas as áreas. No filme de 2005, somos convidados a entrar na Fallbrock Middle Scholl, uma escola secundária dos Estados Unidos. Nela, um velho professor de História tornou-se uma lenda entre os alunos. O "Tormento" Norman Warnner era um educador antigo, mas vigoroso, inteligente e encantador, que atraía a atenção e o respeito de seus alunos, tendo ganhado por 43 anos o prêmio de "Professor do Ano". No dia que receberia seu 43º prêmio, porém, Norman sofre um ataque cardíaco e morre, em pleno púlpito, na formatura da nova turma de 8ª série.

No ano letivo seguinte, seu filho, Matt Warner, de Biologia, sonha em ser o novo "Professor do Ano", e manter o prêmio em família. Mas seu sonho se transforma em pesadelo quando entra para substituir Norman um professor jovem, simpático e informal. Ele é Michael D'Angelo. Com suas jaquetas, seu jeito despojado, e sua transpirante juventude, Michael (ou Sr. D, como começa a ser chamado pelos pupilos) se torna a nova sensação da escola, com seu método inovador, pulsante, de levar os alunos a não só decorar, mas "viver" a História. Admirado por todos, menos por Matt Warnner, que vê nele a ameaça ao seu prêmio, e passa a usar dos mais mirabolantes métodos para competir com Michael e descobrir algum deslize do colega, garantindo os momentos mais divertidos do filme.

O filme é uma grande lição de vida. Serve de exemplo para vários professores que negam-se a renovar e permanecem em suas aulas, que se transformam, muitas vezes, em chatos suplícios para os alunos. Sem dúvida, o Sr. D incomodava alguns colegas com seu método inovador, o que não deve, nem de longe, servir como obstáculo ao professor que deseja "balançar a estrutura" da sala de aula e atingir seu maior objetivo: fazer com que os alunos encantem-se com a disciplina.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Que venha Passione!


Viver a Vida, última atração do horário nobre global, terminou ontem, e não deixou saudades nem no público e tampouco na emissora. A novela, que fecha com uma das piores médias do horário em todos os tempos (36 pontos) apostou no estilo cotidiano de Manoel Carlos, nos diálogos, nas relações interfamiliares e nas polêmicas. A dosagem, porém, diferenciou-se dos outros trabalhos do autor, não agradando ao público, que espera, ansioso, pelo próximo trabalho no horário. E ele, finalmente, está chegando: segunda-feira, dia 17, estreia Passione.

A atração é assinada por Sílvio de Abreu, responsável por grandes sucessos nos horários das 19h e 20h, como Jogo da Vida, Guerra dos Sexos, Sassaricando, A Próxima Vítima e Belíssima. Sua marca, o tragicômico e o policial, segundo ele, engendram-se nesta nova trama, um folhetim desbragado, que reúne todos os velhos clichês da dramaturgia com um tempero especial e um elenco de peso.

Na história de Passione, Fernanda Montenegro é Bete Gouveia que, com a morte do marido Eugênio (Mauro Mendonça), tem nas mãos a responsabilidade de dotar a nova presidência de sua empresa, a Metalúrgica Gouveia, uma grande fábrica de bicicletas, dividida entre seu filho mais velho, o prepotente Saulo (Werner Schunneman) e o honesto executivo Mauro Santarém (Rodrigo Lombardi), filho do motorista da família e melhor amigo de Gerson (Marcello Antony), seu caçula. No passado, Bete engravidara de outro homem, antes de casar, e, até onde seu sabe, seu filho morrera ao nascer. À beira da morte de Eugênio, porém, este fez a Bete uma grande revelação: seu filho está vivo, e fora dado por ele aos antigos empregados da família, que foram embora para a Itália.

O filho de Bete foi criado na Toscana, e vive como um pacato camponês italiano. Ele se chama Antonio Matolli, ou Totó, como é conhecido (mais uma bela construção de Tony Ramos), expansivo, bom, honesto e crente no ser humano. Decidida a encontrar seu filho, e dar-lhe tudo que ele tem direito, Bete embarca para a Itália, onde baterá de frente com Gema Matolli (Aracy Balabanian), filha mais velha do antigo casal de empregados, que criara Totó como seu filho.

Mas o segredo de Bete foi descoberto por Clara (Mariana Ximenes), enfermeira de Eugênio que, junto com o namorado Fred (Reynaldo Giannecchini), planejam dar um golpe perfeito nos Gouveia. A dupla embarca para a Itália e chega a Totó antes da matriarca, levando o homem crédulo a apaixonar-se perdidamente por Clara, casando-se com ela. Com isso, intentam conseguir com que esta herança que pertenceria a Totó passasse toda para as suas mãos.

Além disso, a trama também conta com o núcleo cômico dos "reis do lixo", vividos por Francisco Cuoco e Irene Ravache, ricos emergentes que estão casando, a contragosto, sua filha Jéssica (Gabriela Duarte) com o malandro italiano Berilo (Bruno Gagliasso), grávida de nove meses e prestes a ter o bebê em pleno altar. Enquanto isso, na Itália, o carteiro Mimi (Marcelo Médici) intercepta as cartas de Berilo a sua esposa, Agostina (Leandra Leal), visando conseguir conquistar o coração da bella.

O slogan de lançamento da novela enuncia que "será paixão à primeira vista". A produção grandiosa da diretora Denise Saraceni (responsável por primores como A Muralha) condiz com a expectativa de sucesso, de um trabalho no qual a emissora aposta suas melhores fichas. Necessariamente, traz elementos que em muito diferenciam-se daquilo que não deu certo em Viver a Vida: Passione promete ser uma trama com ritmo e dinamismo, sempre evitando as famosas "barrigas" nas quais caem muitos trabalhos do gênero. Para tanto, Sílvio de Abreu promete uma grande reviravolta no entrecho cômico-dramático, por volta do capítulo 100, que traria um suspense policial apresentado de forma inusitada - uma morte cujo mistério seria conhecido pelo público, e desconhecido pelos personagens.

Aos amantes da teledramaturgia, um brinde ao fim de Viver a Vida. E outro ao início de um novo tempo. Que venha Passione!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Onde está Carmen Sandiego?


Quem foi criança (ou pré-adolescente) no meio dos anos 90 lembra-se, certamente, de um dos maiores clássicos entre os desenhos animados nas manhãs do Angel Mix (saudosismo mode on), na Globo, e, posteriormente, do Disney Club e do Disney CRUJ, no SBT. Tratava-se de uma sedutora ladra internacional, perseguida pela Interpol. Inteligentíssima, cool, ela utiliza a tecnologia e seus conhecimentos para executar fugas triunfais para diversos países do mundo. Rufem os tambores! O SuperCult tem o prazer de reverenciar a maior gênia do crime, que invadiu nossa infância. Falaremos hoje de Carmen Sandiego!

Carmen Isabela Sandiego era a personagem principal de um jogo de computador, produzido pela Broderbund Software, lançado inicialmente para Apple II e, posteriormente, para IBM PC XT. Seu lançamento, em plena década de 80, causou furor num mundo ainda restrito de proprietários de computadores. No enredo do game, o jogador é um detetive responsável a juntar pistas pelo mundo todo e solucionar o caso, encontrando e prendendo a criminosa.

O sucesso foi tanto que Carmen foi parar na TV. O desenho animado Where on Earth is Carmen Sandiego (em bom português, Onde Está Carmen Sandiego) era protagonizado por Ivy e Zack, dois irmãos pré-adolescentes, que viajavam no tempo e no espaço em busca de Carmen. Suas pistas, espalhadas pelos mais diversos países do globo, era uma verdadeira lição de geografia e história, sem o didatismo da sala-de-aula. No final do episódio (quase sempre por um triz), a ladra escapa entre os dedos dos nossos mocinhos, criando um expediente nada comum em nossas mentes infantis: pela primeira vez, torcíamos pela vilã!

O desenho, sem querer-querendo, terminava trazendo diversas referências ao próprio mundo dos desenhos animados. Um deles, talvez o maior, era o nome do QG de detetives do qual Ivy e Zack participavam: a ACME (alguém lembrou de Pernalonga, Patolino e o Coiote?). Além do mais, os crimes de Carmen não eram nada infantis: roubo de jóias caras, fraudes bancárias, roubo de material histórico, dentre outros.

Aos que viveram e puderam assistir Carmen, minhas saudações! Aos que não tiveram, o Youtube é a porta que encurta as distâncias. Procurem e sigam as pistas para descobrir onde está Carmen Sandiego!