Se embrenhar pelas matas obscuras do mundo acadêmico não é tarefa fácil. Pois é. Eu tenho tentado. São estranhos (des)caminhos, passagens incertas, pontes meio bambas, e, certas vezes, uma estrada meio invisível. Mas o lugar onde se quer chegar, esse sim, é possível observar de qualquer ponto do caminho. Isso, porém, não faz o percurso parecer mais fácil.
Sob esta enxurrada de metáforas e eufemismos, o certo é que tenho trilhado o caminho dos tijolos dourados, rumo a um objetivo. A princípio, "caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento", "ao sabor do vento", e sem muita responsabilidade sobre a chegada. Mas a trilha foi se tornando mais clara, e as possibilidades de chegar ao destino desejado também. E fui me apaixonando por essa caminhada. Ao longo dela, fiz amizade com aqueles que, como eu, trilhavam o mesmo caminho. Muitos (e talvez eu mesmo) olhavam para os outros, a princípio, pensando em derrubá-los na próxima ponte cabaleante. Mas, quer saber? Melhor é caminhar junto, e compartilhar, ao longo do caminho, das paisagens e da expectativa. Que delícia é ter companhia pra passar nervoso, pra roer a unha, pra esperar por aquele que não marcou de vir (naquele momento)! Por vezes, quase caí na areia movediça. Mas me estenderam a mão: justo aqueles que poderia me deixar ali, sendo consumido pela terra traiçoeira. O que seria melhor pra eles, claro. Mas, talvez, aqueles que junto comigo faziam a travessia, estavam pensando como eu.
Ao longo da jornada, muitos foram eliminados. É como um grande Big Brother, com 85 participantes. É, um jogo duro, duríssimo! A diferença é que 23 ganharão o grande prêmio. A gente olha pra trás, vê quanta gente ficou pelo caminho, e já se sente vitorioso. Eu cheguei aqui! Justo eu, aquele que pensava que tudo não passaria de uma grande brincadeira (de ET)!
Mas chega um ponto em que todo o caminho foi percorrido, e a fortaleza de gelo (ou de cristal, ou de ferro, ou, quem sabe, de guloseimas, como a casa de bruxa em João e Maria...) está de portas fechadas, prontas para abrir apenas para os escolhidos. Ah, os escolhidos... aqueles que penetrarão num caminho ainda mais difícil e tortuoso. Aquele que navegará por mares nunca dantes navegados. Mas delicioso de tão enigmático.
Fábio, acredito muito em você. Torço pelo seu sucesso!
ResponderExcluirQue texto lindo, meu amigo. Sem dúvida, por mais que tenhamos concorrentes, a grande magia da vida é nunca fazer o caminho sozinho.
ResponderExcluirComplicado hein, pessoa? Mas você se deu bem e é isso o que importa! Sucesso, sempre!
ResponderExcluirAbraço e parabéns pelo ótimo texto.
Valeu, Gaby, Walter e Duh!
ResponderExcluirAgora é esperar o resultado final... e ver se as portas da fortaleza se abrem. rs
É bem assim que a gente se sente... É um festival de apreensão, temor, uma mistura de sentimentos; e no fim das contas aquele pessoal que a gente começa vendo como concorrentes, viram companheiros; e boa parte deles vai continuar nos acompanhando na luta.
ResponderExcluirSucesso pra nós! o/
Já trilhei e continuo trilhando esses caminhos acadêmicos e confesso ter uma relação de amor e ódio com ele. Já passei por essa peneira cruel e continuo passando e a sensação é exatamente essa que vc descreveu em seu belíssimo texto. Tenho certeza de que seu caminho será brilhante. Paixão, empenho e talento não lhe faltam. Abração e sucesso!
ResponderExcluirBelo desabafo sobre caminhos tão dificeis como esses academicos, rapaz.
ResponderExcluirParabens pelos exitos obtidos, contudo. Medalhas de uma batalha ardua, porém revigorante
:)
Parabéns pelo belo texto.
ResponderExcluir