Muitos escrevem em diários escondidos em baixo do travesseiro, falam com analistas ou se trancam no banheiro para tacar a cabeça na parede. Eu, não. Eu prefiro vir falar aqui, nesse meu diário virtual, lido por todo mundo. Diário não é bem um nome, né? Faz quando tempo que eu não escrevo por aqui?! Perdão, leitores, mas a vida anda dura para quem é mole. E, em breve, vou falar de coisas sérias, inspiradas (tem coisa boa vindo aí!), mas agora, nesse momento, o que eu quero é desabafar? Posso? Não? Muda de blog, pô! Aqui eu escrevo o que eu quero! Ops... calma, Fábio... amigo... Bom, colocar minhas angústias e reflexões aqui pode parecer a vocês estar expondo minha vida na Internet. Não, caras pálidas. Essas são angústias e reflexões de tanta gente, que minha fala se dilui entre muitas outras pessoas. Ou não.
Hoje, e isso não é de hoje, tenho me sentido carregando em minhas costas grande parte da responsabilidade do mundo. Antes de mais nada, estou feliz. Isso é inegável. Feliz mesmo, por ter alcançado um objetivo. Mas me sentindo responsável por tantos e tantas coisas... Responsabilidade em todos os sentidos. O mundo que se apresenta é grande demais, e minhas expectativas são maiores ainda. Mas como alcançar? Fugindo da realidade, sendo um inconsciente, e bancando minha felicidade de maneira egoísta? Ou então encarando de frente os fatos, passando por todas as dificuldades, e olhando para trás, daqui a um tempo, e percebendo que valeu a pena? Oh, dúvida cruel...
Às vezes, e esse "às vezes" é bem mais constante do que o ideal, sinto medo. Uma certa carência de companhias, e até mesmo de aceitação para com esse meu "eu" introspectivo. De repente, me encontro cercado de pessoas. Mais do que isso: gosto delas, me identifico. E sei que as conheci no momento correto. Mas isso só faz com que meu medo aumente. O medo de não corresponder como gostaria. Tenho limitações, grandes limitações. Mais do que isso, temo por não conseguir não me sentir pior por carregá-las comigo.
As limitações, como sempre, são maiores do que nós. Dependemos delas. São de todos os cunhos, todos os tamanhos. Muitas são objetivas, e influenciam decisivamente nas nossas subjetividades, e nas dos que nos rodeiam, e de quem dependemos diretamente.
O maior de todos os medos é de não ser entendido. De ser execrado, justamente, por ser limitado. De me sentir um "outro", onde venho lutando, e com tanta força, já há algum tempo, pra ser um "eu". O máximo que consigo é ser um "eu" idêntico a mim mesmo. Talvez isso seja bom, acho que sim, mas confesso que me angustia.
Entendeu? Não? Bom, eu não vou desenhar. Até a próxima.
Esse post foi hiper necessário pra colher elementos pra sua "apresentação" na seção "Amigo Musical Convidado" do EnTHulho. Quando? Loguinho...tá atrasada mas a caminho! =D
ResponderExcluirNo mais, viva à responsabilidade!! O ócio e outros dissabores só nos atrasam!