sábado, 12 de novembro de 2011

Vamos fazer um filme?

Hoje, comecei a trabalhar no sentido de dar um "chega pra lá" na melancolia. Ela não é uma companhia muito boa, pelo menos não o tempo todo. Essa relação entre felicidade e tristeza, numa perspectiva pós-moderna (não se sabe onde termina uma e onde começa outra, nem o porquê) não vem me fazendo muito bem. E depois, pra ser sincero, eu não tenho motivos pra ficar triste. É como diria o outro: para o alto e avante!

O caso é que terminou a Semana de História de Picos, e eu entendi que as perspectivas são boas. O Mestrado chegando próximo do meio, eu imerso em minhas fontes, ganhando inspiração pra escrever. Olhando para esse mesmo período, ano passado, nada disso parecia possível. Entrei num mundo que pra mim era profundamente distante. Amadureci uns 10 anos. Me enturmei, entre colegas, professores, graduandos, ex-mestrandos, muito mais rápido do que pensei. Fiz boas amizades para a vida toda. Estou participando dos eventos, recebendo elogios e críticas, sendo colocado em crise (crise vista no sentido oriental, ok?)... A vida vai bem!

Depois de ler Susan Hilton, de ouvir Chico Buarque, de passar alguns dias sem ver novelas (creia, isso me fez bem!), percebi que o que eu venho passando é um processo reflexivo, e refletir dói - mas é necessário. Reflexão: um giro do pensamento em torno de si mesmo. Foi isso. Ou melhor, é.

Voltar pra Teresina foi entender que eu, realmente, tenho um novo porto seguro. Caramba! Há um ano eu não me via longe de Piracuruca, do meu pequeno feudo. Eu tenho uma nova casa, e isso não significa apenas um novo teto. Uma nova casa, uma nova vida, um novo contexto. Observei o quanto mudei. Observei o quanto todos em meu redor mudaram.

Sinceramente, meu medo foi que tudo isso fosse efêmero. Vi que tudo tem acontecido tão rápido comigo, que temi que tudo isso também passassem muito rápido. Mas, realmente, é só um momento, e vai passar. O caso é que o futuro que vem aí tem tudo pra ser melhor. Talvez eu fui tomado por uma saudade excessiva do presente, de um presente que eu não queria que acabasse.

O caso é que eu apanho, e não aprendo. Não aprendo que as coisas realmente importantes não são efêmeras. Elas sobrevivem ao tempo. Vai chegar um dia em que olharei pra um 3x4, e não irei acreditar que foi há tanto tempo atrás. Mas sabe por que? Porque o presente daquele momento será bom o suficiente para se lembrar o passado apenas com uma saudade gostosa. E irei olhar para o hoje (que é o amanhã, hoje), e verei que muito do que havia de bom, ficou, e se tornou mais forte.

Chutei o balde. Chutei pra longe a ideia de abandono, a ideia de impotência. Me livrei dos meus demônios. Tudo bem, a única maneira, ainda, de imaginar a minha vida é vê-la como um musical dos anos 30. Mas tem coisas que precisam ficar, né?

Um até logo, bem mais solar!

2 comentários:

  1. Pois é, esse processo de amadurecer e refletir dói, mas vale muito a pena. Estou passando por algo parecido, acho que é uma coisa que nos ajuda a entender os outros e nos entender, acima de tudo.

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  2. Boa tarde :D
    Amei o seu blog!!! Te adicionei me adiciona também !!
    http://lettymorenaa.blogspot.com/

    Abração pra você !!

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