quarta-feira, 9 de março de 2011

Nos tempos em que o cão era menino...




O Carnaval acabou! Começa meu esquindô, esquindô, proferindo graças ao (fim do) evento. Lindo, lindo, esse dia que amanhece com o único e exclusivo som do canto dos passarinhos. Ok, eu sei que isso terá um fim breve pra mim. Em alguns dia, cidade nova, cidade grande, e o burburinho dos carros tomará conta. Mas ainda dá pra aproveitar. Além do mais, minhas desculpas se fui antipáticos com posts recentes, principalmente no Facebook, sobre o assunto. Mas a "falta de sacanagem" desse pessoal que sai pulando de abadá (não, Evinha, pelo menos aqui tinha mesmo CARNAVAL 2011) suplanta a beleza desse evento de origem italiana, que se manifesta lindamente em cidades como Recife, Olinda, Rio e São Paulo (aliás, um abraço ao pessoal da Vai-Vai pelo título merecido).

Mas enfim. As bizarrices que a gente vê por aí nessa época me lembram as zil histórias contadas sobre a minha cidade. Histórias, como diz meu velho e sábio pai, "do tempo que o cão era menino". Ou seja, da época dele. Ou um pouco antes, mas ele fala com aquela propriedade, inventada ou não. Enfim: os fatos bizarros que se procedem no cotidiano real ou imaginário piracuruquense merecem destaques.

Uma das histórias que meu pai conta, em geral para deixar minha tia de 93 anos p*** da vida são de quando ela morava na Conceição, uma antiquíssima propriedade da minha família, onde ele costuma dizer que as coisas eram tão antigas, mas tão antigas, que a galera, nos idos de mil novecentes e nunca, jamais tinha visto um carro. E o primeiro que apareceu foi "morto" a pauladas da população que, imaginando ser aquilo um bicho qualquer (e solta fumaça, gente!) deveria ser eliminado. O duro, no fim, foi o motorista querendo sair, e tendo que ser tirado do veículo com a ajuda de um abridor de latas. Ou seja: TENÇO!

Anos depois, foi a vez de agirem as forças do além. No caso aqui, do "aquém". Por que, né? A pessoa não fez a passagem, embora todo mundo jurasse que sim. A mulher empacotou, fizeram a extrema-unção, trabalharam no formol e levaram pro velório. Chegando lá, o usual no evento: chororô, velas acedas, bolo e café passando, um ou outro contando umas piadinhas. Quando, de repente, a dona defunta levanta-se, olha pros lados e pede um copo d'água. Quer dizer... TODOS FOGE.

Vou pensar em novas pra comentar com vocês, no futuro. Enquanto isso, "nozes" fazemos o Merchan das crônicas do meu pai, que fala de outros.

http://www.piracuruca.com/colunatexto.asp?codigo_=429&codigo_1=O Cronista

Abraços!

2 comentários:

  1. rsrs... nos anos de mil novecentos e antigamente para trás, aconteciam muitas bizarrices realmente. mas hj, o que é bizarro, é ver que o carnaval é uma mascara vestida pela elite para o enriquecimento desproporcional, sem falar nos grandes prejuizos causados para o Estado. também há de se falar no contrasenso que acontece neste período, quando, por exemplo, disponibilizam-se inúmeras ambulâncias para socorrer aqueles que excederam na bebida ou investiram em uma briga qualquer. Todo este sistema de socorro não existe para os cidadãos no di a dia. não sou totalmente contra o carnaval, na realidade este foi o primeiro ano em que passo em casa, mas muita coisa ai está errada. Assistam ao vídeo que ratifica o que eu digo:
    http://www.youtube.com/watch?v=RS6oJ9t_0vo&feature=player_embedded

    um abraço, meu amigo.
    parabéns!

    Hênio Aragão

    ResponderExcluir
  2. Adoro esses "causos" de interior. Uma delícia, né? Abração.

    ResponderExcluir