quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SuperCult entrevista Nilson Xavier

Nilson Xavier
Autor do Almanaque da Telenovela Brasileira
Crítico de novelas do UOL http://nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br
 
Em 2001, quando tinha apenas 12 anos de idade, ainda usando a falha internet da cidade em que morava, conheci um site que me despertou para um assunto que sempre havia me fascinado, e sobre o qual eu adorava conversar com meus pais, em viagens de carro. Se as conversas com a família me despertaram para os mistérios de Roque Santeiro, ou as atitudes de Carlão em Pecado Capital, foi um espaço virtual conhecido como Teledramaturgia (www.telenovela.com.br) quem fez com que esse fascínio ganhasse contornos mais amplos.
 
 
Alguns anos mais tarde, nos idos de 2009 e 2010, usuário do Orkut, ingressei em comunidades e espaços de discussão sobre telenovelas e afins, onde conheci, dentre outros membros de uma constelação, Duh Secco, Eddy Fernandes, Evana Ribeiro, Fábio Costa, Guilherme Staush, Glauce Viviana, Ivan Gomes, Jorge Scola, Monique Dantas, Rodrigo Ferraz, Thiago Henrick, Vitor de Oliveira, Walter de Azevedo e Watson Hermann, figuras que, apesar de privar comigo apenas da companhia virtual, começavam a fazer parte do meu dia-a-dia, e às quais eu passava a admirar, por seu conhecimento a respeito de telenovela e seu humor sensacional nas comunidades virtuais. Dentre essas figuras, encontrava-se também Nilson Xavier, que eu já admirava como a figura responsável pela criação do referido site, com quem comecei a compartilhar comentários sobre as telenovelas no ar, e com quem passei, também, a dividir momentos no Twitter.
 
 
O SuperCult tem o orgulho de realizar esse bate-papo com Nilson, onde conversamos sobre a telenovela como esse espaço que congrega tantas pessoas. Falamos sobre seus momentos marcantes, seu passado e seu (possível) futuro. Confiram!
 
 
SuperCult – Há cerca de dois ou três anos, muito se comentava na crítica, especializada ou não, a respeito de uma “crise” no gênero dramatúrgico. Em sua opinião, essa crise existe ou existiu? Por quê?
 
Nilson - Acho que nunca existiu. O que aconteceu é que as novas mídias – que se popularizaram a partir do fim da década passada – começaram a roubar audiência da TV aberta brasileira. Mas, parece, a telenovela está vencendo mais esta crise. Crises existem para serem contornadas. O sucesso das atuais novelas comprova isso.
 
 
SuperCult – A Rede Globo tem investido fortemente em telenovelas de novos autores, o que tem quebrado com a estrutura tradicional que se manteve pela maior parte dos anos 1990 e início dos anos 2000. Que “cara” você acha que as novelas de João Emanuel Carneiro, Thelma Guedes, Duca Rachid, Bosco Brasil, Felipe Miguez, Isabel de Oliveira, e agora, João Ximenes Braga e Cláudia Lage estão dando a esse gênero?
Nilson - Eles estão trazendo frescor ao gênero, o sabor da novidade, que contrasta com a estagnação e comodismo de muitos dos autores veteranos.
 
 
SuperCult – Alguns autores de telenovela insistem que certos clichês já saturaram, enquanto outros continuam apostando em fórmulas que sempre marcaram o folhetim. A seu ver, que relação deve ser mantida entre tradição e ruptura?
Nilson - O tradicional e o inovador devem, a meu ver, andar juntos, na medida certa. Novela ainda é folhetim, gênero do século XIX. Se deixar de ser, deixa de ser novela, vira outra coisa. No entanto, inovar é sempre bem vindo, todos gostamos de novidade.
 
 
SuperCult – Como você avalia a importância das redes sociais, como o Facebook e o Twitter, ou de blogs que tratam do assunto, para a avaliação de como repercute uma novela, na atualidade?
Nilson - É novo modo de assistir televisão. É a modernidade, com a qual a telenovela tem que conviver e se adaptar - como sempre se adaptou, ao longo de todos esses anos, às todas as tecnologias e “modernidades” que foram surgindo.
 
 
SuperCult – Nos últimos anos, remakes de sucessos do passado, como Ti Ti Ti, O Astro e Gabriela vêm repercutindo positivamente, o que suscita a produção de novos trabalhos na mesma perspectiva, como Guerra dos Sexos e Saramandaia. A seu ver, além do fato de se tratarem de releituras de novelas consagradas, qual o grande mérito dos remakes atuais?
Nilson - Apresentar às novas gerações histórias consagradas que elas nunca puderam assistir. Existe também uma questão mercadológica: atender o mercado externo, apresentando histórias consagradas que apenas nós conhecemos aqui.
 
 
SuperCult – A crítica aponta para a valorização, na Rede Globo, de uma “nova classe média”, usando como referências novelas recentes, como Fina Estampa, Avenida Brasil e Cheias de Charme. Fenômeno sociológico, jogada de marketing, coincidência? A seu ver, há um significado marcante para essa valorização?
Nilson - Reflexo de nossa sociedade atual. Toda a televisão está voltada para essa “nova classe média”, a que ascendeu. Mas as pessoas esquecem que telenovela é arte popular. Ou seja, os mais pobres sempre foram retratados. O que muda é que o dinheiro mudou de mão. Mas este fenômeno já acontecera no final da década de 1980. Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu, já focava sua história em uma personagem “nova-rica”, com todas as possibilidades e clichês explorados à exaustão.
 
 
SuperCult – Nilson, sou extremamente grato pela entrevista! O SuperCult e seus leitores agradecem por sua participação. Vida longa ao Teledramaturgia! Valeu, e abração!
Nilson - Disponha Fabio! Sucesso para nós todos! ;)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Chayenne e o Piauí visto por outros olhos


Já há algum tempo, o Piauí – que sempre reclamara de ser um estado esquecido pela grande mídia – começa a se tornar destaque no cenário nacional. Meu amigo Vitor de Oliveira costuma dizer que o Piauí está tendência, e não há definição melhor.
 
 
Em 2007, a novela Sete Pecados mostrou o Parque Nacional de Sete Cidades como o lugar onde rola a grande virada da trama: o aparecimento de Flávio (Paulo Betti), pai da protagonista Beatriz (Priscila Fantin). Em 2008, Gyselle Soares não só era uma das participantes do Big Brother Brasil 8, como figurou entre os grandes favoritos da edição, chegando a ser a grande cotada ao prêmio final (que perdeu, por milésimos, para Rafinha Carvalho). Entre 2008 e 2009, figuras como Stefanny Absoluta e Lucas Brito se tornam celebridades virtuais, aparecendo em diversos programas de televisão. Em 2010, a novela Passione fez merchandsing da Hounston, maior fábrica brasileira de bicicletas, sediada... em Teresina!
 
 
Atualmente, o Piauí é destaque por muitos motivos. Sarah Menezes é judoca de ouro nas Olimpíadas de Londres. E, numa proporção global, a novela Cheias de Charme possui um núcleo de personagens piauienses, dentre os quais destacam-se os personagens Naldo (Fábio Lago), Socorro (Titina Medeiros), Epifânia (Ilva Niño) e, principalmente, Chayenne (Claudia Abreu), grande estrela da novela, com suas tiradas sensacionais.
 
 
E é Cheias de Charme que me traz aqui, especialmente pela reação dos meus conterrâneos à novela. É, inclusive, momento para se fazer um apanhado de outras reações piauienses às demais aparições na grande mídia.
 
 
Quando da exibição de Passione, tínhamos uma visão sobre Teresina, sob um aspecto bem positivo e moderno. A capital piauiense era mostrada com toda a sua beleza, exibindo a recém inaugurada Ponte Estaiada, o Metropolitan Hotel, os shoppings, flashes das danças de boi, e a riqueza da Hounston em pleno funcionamento. Nessa época, ouvi a reação de que a Teresina que ali aparecia era filtrada, maquiada, mostrando apenas seu lado bonito, e não as muitas dificuldades e problemas sociais que se apresentam na cidade.
 
 
Meses antes da estreia de Cheias de Charme, tive notícias de amigos da minha cidade de família (Piracuruca), de que haviam visto uma equipe de globais (os atores acima descritos) abastecendo o carro num posto de gasolina na cidade. E eu pensei: “Opa! O Piauí na TV!”, com a mesma preocupação com a qual pensei: “O que a galera daqui vai falar?”.
 
 
Essa preocupação advém do fato de que tenho sempre a incômoda impressão de que, em geral, nós piauienses somos de um extremo bairrismo. Nossa mania de inferioridade é uma potencialização da maneira inferior como, em geral, se veem os nordestinos. Sempre vamos procurar uma perseguição, uma tendência à humilhação nas formas como aparecemos na grande mídia.
 
 
Como piauiense, fico EXTREMAMENTE FELIZ de ver os personagens de Cheias de Charme fazerem referências sensacionais ao Piauí. Luiz Gonzaga cantando “United States of Piauí” é um clássico. Chayenne fazendo referências ao Mercado da Piçarra, em Teresina, e ao ouro olímpico de Sarah Menezes são homenagens mais que honrosas.
 
 
Adoraria que a maior parte dos meus conterrâneos pensassem assim. A equipe de Felipe Miguez e Izabel de Oliveira conduzem com bom humor (e uma dose extra de gliter) um grupo de personagens que, com variações em formas de agir e pensar, representam, alegoricamente, o povo piauiense. Acredito, também, que personagens como esses são canais para que, em trabalhos futuros, mais e mais facetas do Piauí, um Estado culturalmente múltiplo, se destaque na televisão brasileira.
 
 
Um brinde a Chayenne, Naldo, Socorro, à panelada da Piçarra e à maria-isabel de dona Epifânia!
 
 
Para uma outra leitura piauiense, bem positiva, a respeito da novela Cheias de Charme, ver:

O coração sempre arrasa a razão

Por Paulo Ricardo Muniz Silva

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Meras variações sobre o mesmo tema. Amor. Substantivo. Amar. Verbo.
Rapaz #1: Como você a conheceu? Amigos em comum? Vocês freqüentavam os mesmos lugares?
Rapaz #2: A história é complicada. Sim, já faz uns 10 anos que freqüentamos os mesmos lugares.
Rapaz #1: Então, vocês já conhecem há 10 anos e só agora....
Rapaz #2: Não, não. Freqüentávamos os mesmos lugares, mas nunca nos vimos.
Rapaz #1: Como assim, mas..
Rapaz #2: Nos conhecemos há pouco mais de 2 meses. Minto, na verdade já nos conhecemos há pouco mais de 3 meses!
Rapaz #1: Rum, não to entendendo, porque parece que você se conhecem há tanto tempo.
Rapaz #2: Pois é né? Todo mundo diz isso. Nós dizemos isso a nós mesmos.

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Certo dia a vi, de longe, só seu rosto. Simplesmente linda. Só conseguia ver da cintura pra cima. Ela estava com uma blusa preta com alguns detalhes que minha péssima memória, que gosta de me trair quando mais preciso dela, não deixarão eu lembrar com a riqueza de detalhes que gostaria. Acho que chamam aquilo de paetês. Bem, não sei ao certo. Ela ria, apenas. Mas não era qualquer riso. Era pra mim. Era pra mim que ela ria, como se ao mesmo tempo dissesse feliz da vida que era por mim que tanto esperava. Eu ri, meio tímido, não sabia o que fazer. Minha sorte.... melhor dizendo, nossa sorte é que tínhamos, dentre tantos amigos em comum, um em especial. Foi ele quem de certo modo me ajudou, nos ajudou, nos fez quebrar o gelo e que “a coisa” fluísse normalmente. Ela ainda ria. E a cada vez que olhava seu rosto algo me encantava ainda mais. Perguntei a mim mesmo: por que não? Tive receio. Travei. Perdi uma batalha sem ao menos lutar. Lembrei do nosso amigo em comum, que certa vez me disse: “nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem...quem acredita sempre alcança”. Rimos. Eram tantas coisas em comum: gostos, desgostos, preferências. Comidas, música, lugares. Parecia que já nos conhecíamos há tanto tempo. Fomos a lugares sem nunca imaginar da existência um do outro. Por que não te conheci um dia antes? Porque tudo tem sua hora e seu lugar.
1 mês depois, um filme, um parque, uma caixa de bis branco. Um beijo. Um abraço. Uma mensagem e algumas fotos.
No outro dia a saudade era algo que não se media com palavras. E a espera que ia durar quase que 72 horas (uma eternidade) não durou nem 1 dia.
E desde esse dia, todo dia um pouco mais...
O coração sempre arrasa a razão e o que tá escrito na canção ninguém precisa entender...

* * *
Paulo Ricardo é mestrando em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí e Professor Formador II pelo PARFOR - UESPI/UFPI. Antes disso tudo, é um cara apaixonado.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

SuperCult entrevista Thelma Guedes

O SuperCult tem a honra de receber mais uma deliciosa participação. Autora de livros, bacharel em Letras e mestre em Literatura Brasileira, Thelma Guedes atuou na televisão como colaboradora de várias novelas, dentre elas Chocolate com Pimenta e Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco. Em 2006, iniciou sua parceria profissional com Duca Rachid, com quem adaptou para a Rede Globo a novela O Profeta, de Ivani Ribeiro, e com quem escreveu, na mesma emissora, as novelas Cama de Gato e Cordel Encantado. Passeando sempre entre muitos estilos como dramaturga, sem perder fortes marcas autorais, a parceria Thelma/Duca tem se firmado como uma das mais promissoras na teledramaturgia contemporânea.

Thelma Guedes, em fotografia de Cristina Granato

Com delicadeza e simpatia, Thelma traz algumas de suas reflexões a respeito de seus trabalhos e do próprio gênero dramatúrgico.

SC– Como vai, Thelma? Em primeiro lugar, é um prazer tê-la como entrevistada no blog. Gostaria que você começasse falando como começou seu interesse pela escrita e, especialmente, pelas novelas.

Meu interesse começou quando eu era menina ainda. Desde que li os primeiros livros, meu sonho passou a ser me tornar escritora. Eu sempre fui apaixonada pela literatura. Fiz o bacharelado em Letras e o mestrado em Literatura Brasileira. Mas, embora eu adorasse assistir novelas, meu desejo era escrever livros. A televisão aconteceu quase por acaso. Eu trabalhava como divulgadora na editora da Universidade, na época da pós-graduação, e estava para lançar meu primeiro livro de contos, em 1997, quando vi num quadro de avisos que estavam abertas as inscrições para uma oficina de roteiro da TV Globo. Eu me inscrevi com o primeiro roteiro que escrevi na vida. Nem sabia que sabia escrever roteiro... Fui selecionada para cursar a oficina e acabei sendo contratada como roteirista em 1997. Trabalhei em alguns programas, até chegar nas novelas, como colaboradora. Em 2006 escrevi minha primeira novela com a Duca Rachid. E agora estamos começando a trabalhar na nossa quarta novela, que deverá entrar no ar em setembro de 2013.
SC – “Adaptar é trair por amor”. O que essa frase significa, quando você pensa no remake de O Profeta?

Eu disse essa frase no programa do Faustão, na época do lançamento da novela. Foi algo que ouvi a Duca repetir muitas vezes. Uma afirmação que ela ouviu de Walter George Durst, com quem a Duca trabalhou antes de vir para a Globo. Durst era um grande mestre, que escreveu adaptações maravilhosas, algumas que se tornaram clássicos da televisão, como Gabriela e Grande Sertão Veredas. O que ele disse é uma grande verdade. A adaptação sempre exige certas “traições” em relação à obra original. Não é possível mantê-la intacta. Mas as mudanças devem ser sempre para atualizá-la e manter sua força, seu brilho. No caso de O Profeta, cujo original foi escrito pela Ivani Ribeiro em 1978, muita coisa precisou ser alterada, para mantê-la interessante aos olhos do público de 2006. Além de criarmos núcleos de comicidade, que na original não havia. Acho que a maior mudança que fizemos foi criar um impedimento mais concreto para o amor entre o casal protagonista. Criamos um vilão forte, o Clóvis, que na primeira versão não era vilão. Mas a essência da história da Ivani estava lá! Mantida, exatamente como na primeira versão.
SC – Cama de Gato foi marcada por uma trama de viradas constantes e por uma narrativa acelerada, que prenderam a atenção dos espectadores. Como surgiu a ideia da novela?

A ideia de “Cama de Gato” surgiu quando Duca e eu estávamos escrevendo outra sinopse, que na verdade iria mais tarde se tornar “Cordel Encantado”. Nos intervalos do nosso trabalho, a gente saía para almoçar ou tomar um café e ficávamos “filosofando” a respeito de um sentimento que ambas tinham sobre o mundo atual, onde as pessoas estão cada vez mais individualistas, sem delicadeza, sem alteridade e empatia. Numa dessas vezes, estávamos no restaurante e vimos um sujeito rico, muito esnobe e arrogante tratando mal o garçom. A gente começou a pensar se aquele sujeito estivesse perdido no meio do deserto, sem um tostão no bolso, sem cartão de crédito, sem documentos, sem o celular, como é que ele ia reagir. Será que, se colocando numa posição de desamparo, ele se transformaria? De certa forma, aí nasceu o Gustavo. Aí a Duca se lembrou de um livro que ela tinha lido sobre uma tese de uma rapaz que se vestiu de faxineiro e que não foi reconhecido pelos colegas professores da universidade. Foi então que criamos a faxineira Rosenilde. Uma mulher humilde e íntegra, que seria a única a ajudar este homem altivo e esnobe, quando ele perdesse o poder. E por aí fomos montando a história...
SC – Como historiador, percebi em Cordel Encantadouma multiplicidade de referências. Por acaso o Armorialismo foi uma delas? Se sim, como ele foi aproveitado por você e por Duca na construção da história?

Sim, foram muitas as referências que usamos. Muitas mesmo! Como na literatura de cordel, Duca e eu sentimos que nesta novela podíamos usar tudo o que conhecíamos, misturar tudo, sem pudor: contos de fadas, histórias reais de cangaceiros, clássicos da literatura de capa e espada, histórias medievais, peças de Shakespeare, tragédias gregas e, claro, a obra de Ariano Suassuna. Uma obra que de certa forma também faz esse tipo de mistura.
SC – Como você vê a recepção das telenovelas no ambiente universitário? Ainda há muito preconceito?

Acredito que uma obra feita com qualidade acaba sendo reconhecida por todos os públicos. Acho que o preconceito em relação à telenovela no ambiente universitário quase não existe mais. Porque todo preconceito é uma forma de ignorância. E não tem sentido existir preconceitos num local onde as pessoas estão buscando o conhecimento e a sabedoria.

SC - Thelma, muitíssimo obrigado pela entrevista! O SuperCult agradece, em nome de seus leitores, pela oportunidade de privar de suas palavras e opiniões. Abraços!