quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

BBB13 - Análise 1ª Semana - Entre novatos e veteranos e envidraçados



E eis que a nave decolou! Depois de um ano, foi ao ar o Big Brother Brasil, atração principal da Rede Globo em janeiro, em sua 13ª edição. Apesar da audiência abaixo das edições anteriores (25 pontos), porém, nos padrões esperados para o horário em que o programa é exibido, essa edição, marcadaa por uma Casa de Vidro com 6 participantes, e com a entrada de 6 ex-BBBs, já vai ficar na história, talvez, por ter os primeiros sete dias mais movimentados de todas as do programa. Eis uma breve análise dos principais acontecimentos e personagens que marcaram a primeira semana da que se pretende a mais crazy de todas as edições do programa:

 
O início intenso do novo BBB tem alguns nomes, e, sem a menor dúvida, o principal deles é Aline. Versão “vida real” da Penha, personagem de Taís Araújo na novela Cheias de Charme, a recepcionista carioca é, por si só, um personagem. A cara do Big Brother Brasil, Aline não mede palavras nem atitudes, e age 20 vezes antes de pensar. Logo na primeira noite, comprou discussão com os veteranos Bambam e Eliéser, e não se arrependeu de uma palavra sequer que disse. Além de barraqueira em potencial, Aline se tornou famosa no programa por suas pérolas, como a frase: “Eu sou BRINDADA!”, ou a colocação “Todo mundo diz que pra entrar na Globo tem que dar pra alguém. Eu não dei pra ninguém e to aqui!”, dentre tantas outras, que fizeram a alegria do público nessa primeira semana. Mais do que uma participante marcante, Aline é daquelas figuras que chamam para si as atenções das câmeras durante a edição. Dá material para os produtores todos os dias, sendo, também, a alegria da direção. Fala pelos cotovelos, briga com colegas de confinamento ao vivo, age e reage. Não deu outra: sua indicação pro paredão seria óbvia. Mas vamos falar dela mais adiante. Voltemo-nos para os demais participantes.


A casa mais vigiada do Brasil ganhou veteranos que voltaram mais experientes. De Anamara, a gralha destabocada do BBB10, tivemos um pouco mais de contenção. De Natália, uma lava incandescente de luxúria no BBB8, tivemos uma decepcionante apatia. De Fani, igualmente lasciva no BBB7, uma personagem calculada para ser a mesma que entrou antes, só que diferente, se é que me entendem (ou não). A espontaneidade, enfim, não foi a marca das mulheres que retornaram ao programa. O mesmo, no entanto, não pôde se dizer dos homens: Dhomini, vencedor do BBB3, voltou, como ele mesmo disse, “sentindo-se em casa”, e fazendo da experiência que amealhou no programa uma arma fortíssima, que o faz candidato favorito ao prêmio nessa primeira semana (tendência que eu espero, sinceramente, que não se confirme). Eliéser retornou o mesmo idiota de sempre: equivocado, narcisista, cego para a opinião alheia. Já Kleber Bambam, junto com Aline, protagonizou a primeira semana. Seja nas múltiplas discussões que teve com muitos colegas de confinamento – a maioria pelo fato de ter “tirado onda” dos novatos na vitória da primeira prova do líder –, seja pela luta entre seus Tico e Teco e com o diretor do programa, pressão que o fez pedir pra sair do jogo, sendo substituído pelo Super Yuri, insuportável personagem da edição passada, que também parece mais contido agora. Vamos acompanhar.

 
Dentre os novatos, o perfil foi de multiplicidade, porém sem maiores estereótipos. A dançarina de flamenco Marien ainda não conseguiu dizer a que veio. A advogada mineira Fernanda parece ser o turbilhão sexual da edição – evidenciando, dessa forma, o tom “marcha lenta” do seu pretendente no programa, o modelo capixaba André. O artista plástico permabucano Aslan, que entrou com o potencial externo de tornar-se vilão da edição, tem se mostrado um esteio racional para os delírios dos colegas, o que só o faz ganhar pontos. O vendedor gaúcho Nasser se apresenta como um forte candidato ao prêmio, por aparentar ter um perfil carismático – especialmente para com um pretenso público adolescente – o que pode vir a crescer com seu flerte adocicado com a paranaense Andressa, ganhando a simpatia de uma parcela enternecida do público. Por fim, o professor de inglês Ivan, hega ao BBB com o projeto de provar que é possível chegar longe no programa usando de parcimônia e alguns tons de intelectualidade. Não é de se estranhar, conhecendo minha trajetória de simpatias no Big Brother, que eu sou um torcedor assumido dos três últimos perfis.

 
Aline e Ivan protagonizaram o primeiro paredão. A meu ver – e concordando com a análise no inspirado discurso de Pedro Bial – o único e imperdoável pecado de Aline foi o de ter entrado no programa a mil por hora, impondo sua personagem aos outros e ao público. Uma pena. A mesma Aline, com um pouquinho menos de azougue, poderia sagrar-se campeã da edição. Vingou, dessa maneira, a causa nerd no BBB, dando a Ivan a oportunidade de prosseguir com seu projeto – ou até mesmo de reformular sua estratégia.

 
Diferente de muitas opiniões que tenho visto e ouvido, não acho que o BBB13 perde a graça com a eliminação de Aline. Teremos, claro, menos pérolas. Mas há perfis potenciais no programa que ainda não se desenvolveram – e o fato de a casa ter recebido, na segunda-feira, os dois moradores que venceram a Casa de Vidro. Se confirmar-se a tendência contida nos perfis, Marcello vai fazer o papel de macho-alfa da edição, e Kamilla rodará a paraense na primeira oportunidade. Mas isso são cenas dos próximos capítulos.

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